A obesidade é uma doença que pode ser definida pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. Essa condição aumenta o desenvolvimento de doenças e traz alterações físicas, emocionais e sociais para a vida das pessoas.
No Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, a proporção de obesos com 20 anos ou mais de idade mais que dobrou no país entre os anos de 2003 e 2019, passando de 12,2% para 26,8%.
Promovida pelo IBGE, essa pesquisa constatou que, no período citado, a obesidade feminina subiu de 14,5% para 30,2%, enquanto que a obesidade masculina passou de 9,6% para 22,8%.
Além disso, outro estudo, intitulado A Epidemia de Obesidade e as DCNT – Causas, custos e sobrecarga no SUS, apontou que até 2030, 68% dos brasileiros estarão com sobrepeso e 26% serão obesos.
Para saber mais sobre as consequências da obesidade para a saúde urológica, siga a leitura deste artigo.
Quais as consequências da obesidade para a saúde urológica?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que um em cada oito adultos em todo o planeta é obeso e projeta para 2025 uma estimativa na qual cerca de 2,3 bilhões de indivíduos estarão com excesso de peso, sendo mais de 700 milhões de pessoas com obesidade.
As crianças com sobrepeso e obesidade podem chegar a 75 milhões (e entre elas estão milhões de crianças com hipertensão arterial e aumento do acúmulo de gordura no fígado). É importante lembrar que o sobrepeso vai muito além das preocupações estéticas.
Segundo o médico urologista, Dr. Lucas Burttet, o desenvolvimento de doenças urológicas é resultado de algumas consequências da obesidade.
“Entre os efeitos da obesidade na saúde urológica estão o aumento no risco de desenvolver câncer de próstata e de rim, cálculos renais, incontinência urinária e ainda a disfunção sexual, uma vez que a produção de testosterona, principal hormônio responsável pelas características masculinas e que controla a normalidade das funções e do desempenho sexual, pode ser afetada consideravelmente”, explica o especialista.
Segundo um documento de posicionamento do INCA, feito em 2017 e atualizado em junho de 2019, cerca de 13 em cada 100 casos de câncer no Brasil são atribuídos ao sobrepeso e à obesidade, sugerindo uma carga significativa de doença pelo excesso de gordura corporal.
Os tipos de câncer aos quais o excesso de peso corporal está fortemente associado são:
- Esôfago (adenocarcinoma);
- Estômago (cárdia);
- Pâncreas;
- Vesícula biliar;
- Fígado;
- Intestino (cólon e reto);
- Rins;
- Mama (mulheres na pós-menopausa);
- Ovário;
- Endométrio;
- Meningioma;
- Tireoide;
- Mieloma múltiplo;
- Próstata (avançado);
- Mama (homens);
- Linfoma difuso de grandes células B.
É importante lembrar que a obesidade também causa outros problemas. “Entre eles, o aumento no risco de doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes tipo 2, doenças respiratórias, depressão e, em consequência, a diminuição na expectativa de vida”, aponta o Dr. Lucas Burttet.
Além de todas as doenças aqui já citadas, muitas pesquisas já identificaram que uma das consequências da obesidade é o câncer de próstata. Conforme esses estudos, realizados pelo NIH-AARP Diet and Healthy Study, o ganho de peso influencia na incidência do câncer de próstata.
Tal estudo foi realizado com cerca de 70 mil homens, onde foi observado que os riscos do câncer de próstata tiveram um aumento considerável através da obesidade. Por esse motivo, deve-se estar atento: uma das consequências da obesidade pode ser o câncer de próstata.
Como forma de conscientização e alerta, foi criado o Dia Mundial da Obesidade, que ocorre no dia 11 de outubro e incentiva a promoção de hábitos mais saudáveis.
Para mudar esse panorama e evitar o risco de doenças, é preciso seguir uma dieta equilibrada e praticar exercícios regularmente. Em caso de qualquer problema ou indisposição, procure ajuda de um médico.
O Dr. Lucas Burttet é urologista e especialista em procedimentos minimamente invasivos. Os atendimentos são realizados de forma particular e por convênio em Porto Alegre. Entre em contato e solicite um atendimento.