A maioria dos pacientes com diagnóstico de câncer de próstata pode
ter indicação de três modalidades de tratamento diferentes: cirurgia,
radioterapia ou vigilância ativa. A decisão sobre qual será a melhor opção para
cada caso vai depender de vários fatores como: a biópsia, exames de imagem
ou testes genéticos, além da preferência e expectativa do paciente
A cirurgia pode ser o tratamento de escolha quando o câncer de
próstata está localizado e é considerado “clinicamente significativo”. A
prostatectomia radical também pode fazer parte de um tratamento chamado de
“multi-modal”, quando o tumor é mais agressivo e, geralmente, requer a
realização de radioterapia e tratamento medicamentoso, além da cirurgia.
O sistema robótico proporciona ampliação da imagem e uma visão
3D dos campos operatórios, o que permite total controle do procedimento.
Desta forma ela pode facilitar a preservação dos vasos sanguíneos e nervos
essenciais para as funções do organismo, como o controle da urina e a
ereção”, explica o Dr. Lucas Burttet. Apesar da visível melhora técnica que o
robô permite, muitos estudos científicos identificaram que é possível obter
resultados de continência e potência sexual semelhantes com a cirurgia
convencional (aberta).
“Por outro lado a robótica consistentemente apresenta melhores
resultados com relação à recuperação pós operatória, retorno às atividades,
controle da dor, menor sangramento e melhor cicatrização da ‘costura’ da
uretra com a bexiga, com redução da incidência de problemas nesta
localização”, complementa Dr. Lucas Burttet, médico urologista de Porto
Alegre, RS.
Desde 2013 Porto Alegre conta com a tecnologia robótica, que
começou a ser utilizada em pacientes de convênios, particulares e do sistema
único de saúde no Hospital de Clínicas (HCPA). Em 2017 o Hospital Moinhos
de Vento também adquiriu a tecnologia e atualmente a maioria das
prostatectomia radicais já são realizadas por esta técnica. Aproximadamente
90% dos procedimentos realizados com o sistema robótico da Vinci são para
tratamento de câncer de próstata no Brasil.