Embora muitos não saibam, a diabetes e disfunção erétil são doenças que estão relacionadas. A disfunção erétil é a incapacidade de ter ou manter uma ereção e, por consequência, praticar atividade sexual. Essa condição tem incidência de 3 a 4 vezes maior em homens que já tenham diabetes.

Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde – cerca de 8,5% da população mundial tem diabetes. Só no Brasil, são pelo menos 13 milhões de pessoas com a doença, o que equivale a 6,9% da população do país.

A seguir, confira as consequências que o diabetes pode trazer para o sistema urinário e a relação dessa doença com a disfunção erétil. 

Qual a relação entre diabetes e disfunção erétil?

Diabetes é uma doença crônica na qual o organismo não fabrica insulina e/ou não consegue utilizar a insulina que produz, e, em consequência, não consegue utilizar a glicose adequadamente.

Essa doença pode ser dividida em dois principais tipos: Diabetes tipo I, que é dependente de insulina, e Diabetes tipo II, que não é obrigatoriamente dependente de insulina. 

A insulina é um hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia.

Se o nível de glicose no sangue permanecer alto por muito tempo – a chamada hiperglicemia – poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

“Quando os sintomas se agravam podem levar a complicações severas, incluindo complicações renais, que no paciente diabético ocorrem lentamente sem provocar sintomas, entre outras queixas (visuais, cardíacas, circulatórias ou digestivas). Quando o paciente chega a apresentar sintomas, em geral, já teve uma perda de função renal muito significativa”, explica o Dr. Lucas Burttet, médico urologista.

Outra consequência do diabetes mal controlado é a ocorrência de Disfunção Erétil nos homens. “Para que o homem tenha ereção, os vasos sanguíneos e os nervos da região genital desenvolvem papel essencial. Por isso, o entupimento dos vasos – aterosclerose, que é o acúmulo de gordura dentro das suas paredes – ou a insensibilidade dos nervos que estimulam a ereção, além de outros fatores, podem prejudicar a capacidade de obter a ereção. Por isso, é fundamental procurar orientação médica e manter o diabetes controlado, além de adotar hábitos saudáveis”, finaliza o especialista.

Os sintomas do aumento da glicemia são:

• Sede excessiva;

• Aumento do volume da urina;

• Aumento do número de micções;

• Surgimento do hábito de urinar à noite;

• Fadiga, fraqueza, tonturas;

• Visão borrada;

• Aumento de apetite;

• Perda de peso.

Os sintomas de complicações renais em diabéticos:

• Inchaço nos pés (edema de membros inferiores);

• Aumento da pressão arterial;

• Anemia e perda de proteínas pela urina (proteinúria).

Alterações causadas pela diabetes e disfunção erétil

Agora que você sabe qual a relação entre diabetes e disfunção erétil, vamos explicar quais alterações podem ocorrer na saúde dos homens devido a essa doença e que, por consequência, dificultam a ereção. Confira:

Diminuição da circulação

A diminuição da circulação ocorre pelo fato de que o sangue que precisa chegar para acontecer a ereção é reduzido, fazendo com que o sangue não circule numa velocidade necessária.

Obstrução da artéria peniana

Já a obstrução da artéria peniana diminui a concentração de sangue neste local devido à aterosclerose.

Alteração na sensibilidade

E por último, podem ocorrer alterações na sensibilidade, fazendo com que o prazer sexual diminua. 

Com isso, sem o tratamento correto, o homem que possui diabetes pode desenvolver alguns problemas de ereção, além de outras complicações graves para a saúde. 

Para o tratamento da doença, no entanto, deve-se buscar um médico de sua confiança, evitando que a doença provoque a impotência sexual.

Os tratamentos para a disfunção erétil são diversos, sendo o mais recente a terapia de ondas, em que o órgão sexual masculino é submetido a uma onda acústica, aumentando a circulação sanguínea local. 

Apesar da diabetes e a disfunção erétil estarem relacionadas, não significa que todos os pacientes diabéticos irão desenvolver a disfunção erétil. 

Por isso, é importante adotar hábitos saudáveis que possam ajudar no controle do excesso de glicemia no sangue. Entre eles, praticar exercícios, controlar a ingestão do açúcar e ter uma alimentação saudável.

Em caso de qualquer sintoma, consulte um médico urologista, que irá avaliar e indicar o melhor tratamento para cada caso.

O Dr. Lucas Burttet é urologista e especialista em procedimentos minimamente invasivos. Os atendimentos são realizados de forma particular e por convênio em Porto Alegre. Entre em contato e solicite um atendimento.