O que é Câncer de Bexiga
O Câncer de Bexiga atinge as células que vestem a bexiga e pode ser classificado em três tipos de acordo com as células do órgão que sofreram alterações:
- Carcinoma de células de transição: mais comum e inicia no tecido interno da bexiga.
- Carcinoma de células escamosas: atinge as células delgadas e planas que podem surgir na bexiga depois de prolongada infecção ou irritação.
- Adenocarcinoma: inicia nas células glandulares que podem se formar na bexiga depois de irritação ou inflamação prolongadas.
Quais os sintomas de Câncer de Bexiga?
Em estágios avançados da doença, os sintomas de câncer de bexiga são diversos e podem impactar diretamente na qualidade de vida dos pacientes.
A seguir, você vai compreender alguns deles e verificar as possibilidades de tratamento existentes na medicina atual.
Sangue na urina
O primeiro sinal de alerta do câncer de bexiga é, na maioria dos casos, a presença de sangue na urina.
No entanto, muitas vezes não há quantidade suficiente de sangue para alteração da cor da urina. Assim, enquanto alguns quadros fazem com que a urina tenha cor alaranjada ou vermelha escura, outros deixam a cor da urina normal, mas com quantidades pequenas de sangue que podem ser encontradas somente no exame de urina.
Sangramento visível na urina pode ser causado por outras doenças como infeção urinária, cálculos renais e hiperplasia de próstata, mas deve sempre ser avaliado imediatamente por um urologista.
Alterações na micção
O câncer na bexiga pode causar mudanças no comportamento urinário. Dessa forma, podem surgir sintomas como urinar com frequência maior que a habitual, sensação de dor ou queimação ao urinar, urgência ao urinar (mesmo quando a bexiga não está cheia) e fluxo urinário fraco.
Em casos avançados do câncer na bexiga, pacientes podem manifestar sintomas como a impossibilidade de urinar, dor lombar, perda de apetite e consequentemente perda de peso, fraqueza, inchaço nos pés e dor óssea.
O fumo pode causar Câncer de Bexiga?
O fumo está relacionado a diversos tipos de câncer, assim como o de bexiga. A revista Saúde citou em reportagem o estudo do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), que demonstra que o tabagismo está relacionado a um risco três vezes maior ao desenvolvimento de câncer de bexiga.
Isso acontece pois, após inaladas, as substâncias do cigarro entram na corrente sanguínea e são filtradas pelos rins e, depois disso, entram em contato com os ureteres (canais que levam a urina dos rins) e à bexiga e podem causar danos à região.
Câncer de Bexiga tem cura?
Assim como outras doenças, existem alguns fatores que interferem na condição da cura do câncer de bexiga. Se o tumor é identificado apenas na bexiga, sem afetar o músculo do órgão, é possível eliminá-lo através de um procedimento minimamente invasivo. Já em casos em que o órgão está sendo afetado, pode ser realizada uma cirurgia de retirada do tumor. Além disso, a quimioterapia e a radioterapia também são opções consideradas para cura do tumor.
Tratamento para Câncer de Bexiga
Três questões são fundamentais no tratamento para o câncer de bexiga: o estágio da doença, a gravidade dos sintomas apresentados e a saúde geral do paciente.
Em estágios iniciais, a cirurgia para remoção do tumor é o tratamento padrão, e é realizada através de uma câmera introduzida na bexiga (ressecção endoscópica de tumor vesical)
A cirurgia pode ser acompanhada ou não de quimioterapia ou imunoterapia diretamente no órgão. Já em estágios mais avançados, a cirurgia para remoção completa da bexiga pode ser indicada.
Após o tratamento, o paciente deve receber acompanhamento de uma equipe formada por oncologista e urologista, que vão conduzir revisões com exames de rotina, como ecografia, tomografia e exame de urina.
Anvisa aprovou novo medicamento para Câncer de Bexiga?
Tem havido algumas novidades no tratamento de tumores avançados de bexiga e a imunoterapia é uma delas. A Anvisa aprovou em 2017 um medicamento para tratamento de câncer de bexiga em estágios avançados e para pacientes que não têm tido resultados com quimioterapia.
Segundo estudos, o tratamento com o medicamento com imunoterapia é 30% mais eficaz que a quimioterapia, além de apresentar menos efeitos colaterais.